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E por vezes ha momentos assim na vida... em que perdemos o controle sobre nós proprios e somos egoistas a um ponto que não acreditavamos ser possivel.... e depois.... passamos o resto da vida a arrependeremo-nos de o ter feito.. e a desejar voltar atrás no tempo para fechar feridas que abrimos a nós proprios.... nunca acontecerá...

E no meio de um 'nervous brakedown' como já não tinha ha varios anos... dou por mim aos berros como já não fazia ha uns tempos... no meio da furia... murros na porta... e bem pior.... no meio da furia.... da eterna questão... "os brinquedos que a minha mãe dá à minha filha".... decidi resolver a situação... peguei num e atirei-o para o meio do chão as vezes necessarias para se partir em cacos....

Tenho andado meio desfeito com tudo isto... com todo este problema.. e com a forma como tantas vezes tenho que me "esquecer" de sentir, se opinar... de existir... como tenho andado à bem mais de um ano a evitar existir.. só para tudo correr bem... ou o melhor possivel... e como existe um cansaço enorme.... e uma incompreensão injusta da parte de tanta gente em relação a todas as coisas que faço... e que constantemente me mostram como estão erradas..... foram raros os momentos em que me disseram "fizeste o correcto"... e tantos os que me lembro em que me dizem que fariam, e resolveriam as coisas de outras formas... e tantos os olhos que me olham em tom reprovador... olhos de pessoas em quem sempre confiei... em quem julguei durante tanto tempo da miha vida.... poder confiar a 100%....

No fim.... derreti-me em baba e ranho.... resolvidas o mais cedo possivel com o duxe gelado apropriado à situação.... cada vez que vejo que numa das minhas furias desfiz uma coisa.. que não era minha, mas sim da pessoa que mais amo no mundo, vêe-me aos olhos as lagrimas.... sinto que nunca o esquecerei... sinto uma obrigação de arranjar aquele ou arranjar um brinquedo igual....

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Com sorte... só pró Natal que vem é que temos mais...

ando cansado de ser tratado como lixo pelas pessoas em quem confio demais..... as pessoas às quais sempre dei tudo... sempre estive disposto a tudo... e no final acabam sempre, mais cedo ou mais tarde, por me espetarem a tão afamada faca nas costas... por me dizerem que eu sou aquilo que sei não ser... nunca ter sido... por ser tratado abaixo de cão... de forma tão injusta.. que dou por mim a lamentar-me de ser tão injustamente incompreendido.... choro por vezes de me deixar maltratar pelas pessoas de quem gosto.... por gostar delas... por não as escorraçar como faço a tanta gente... tanta vez.... por os deixar entrar no meu circulo de protecção... por me preocupar com elas mesmo quando me ignoram ou me espezinham....

no fundo sou uma merda...

o Sol, os atrofianços... a jija... passar a ponte meio adormecido dentro de um duffy....

e isto...

All I need is a little time,
To get behind this sun and cast my weight,
All I need is a peace of this mind,
Then I can celebrate.

All in all there's something to give,
All in all there's something to do,
All in all there's something to live,
With you ...

All I need is a little sign,
To get behind this sun and cast this weight of mine,
All I need is the place to find,
And there I'll celebrate.

All in all there's something to give,
All in all there's something to do,
All in all there's something to live,
With you ...

"All I Need" (Air - Moon Safari)


E... a blue stressa-me nas suas pequenas aparentes depressões que indiciam sempre as suas explosões avassaladoras.... que levam tudo à frente, incluindo ela propria...

o kid voltou com a sua v7

Atravesso o rio Tejo com o sol a bater-me numa quente camisola de lã... e o cerebro a mover-se calmamente ao som do "By This River" do Eno..... em repeat.. por cada onda fora.... por cada emoção desgastada e cansativa...

Sinto a necessidade de ter um txt espalhado pelo corpo... para continuar a fazer aquilo que sempre fiz... às tantas pessoas que com a habitual indiferença nunca me corresponderam....

Desgasto-me cada vez mais a cada pessoa por quem passo... por quem me atrevo a existir... à qual me atrevo a revelar-me dando sempre tudo o que posso.. tudo o que sou... cada pequeno segundo conta... cada toque de pele.... os poros que suam ao de leve num sussuro inesperado....e a consequente e habitual falta de feedback... o desinteresse aparente... ou nem tanto... o desgaste sentido a cada nova perda.... a cada sensação de inutilidade... de ser tanto... e sentir tanto.. e querer sempre tanto e cada vez mais e mais e mesmo bem mais do que isso.... e ficar-se deitado no chão molhado... despido.. nu.. roubado de qualquer calor que nos pudesse proteger minimamente....
Cada vez mais abandonado... e desgastado juro mil vezes não cair nos erros em que acabo por cair... mais cedo ou mais tarde....
Vou encontrando pequenos refugios ou pessoas que me entendem..me compreendem.. e me amam como sou.... mesmo apesar de nunca ser o que desejavam que fosse.... apercebem-se da fragilidade que tenho... embora nunca deixe transparecer... evito mostrar-me.

E recebo um... “never again... never like that” vindo de uma realidade paralela… e constacto que fiquei outra vez desfeito entre o que vivo habitualmente... e o que desejo... volto a ter que engolir em seco... e a ter que deixar cair todos os sonhos que me andavam a deixar feliz... mesmo que por breves instantes diarios.... fiquei agarrado a mais uma realidade que nunca mais voltará a existir... e pior.. sei que nunca poderei lutar por ela... A experiencia diz-me que nunca serei entendido por quem desejava... nem qualquer esforço virá a ser feito nesse sentido.... foda-se...

Dezembro.... a epoca mais deprimente do ano... e a cada ano que passa ganho novos e repetidos motivos para o sentir....

Dezembro, o mês do Natal... e se durante anos o Natal, essa festa essencialmente catolica, pouco significou pra mim, tinha conseguido na ultima meia duzia de anos traduzi-la numa festa familiar, um pouco como que o unico momento em que toda a familia se conseguia reunir, deixando tudo de parte, desde os trabalhos até aos problemas entre as pessoas....
...até ao ano passado... até ao nascimento da Joana... até a minha vida levar a maior volta da historia... toda aquela volta que ainda não sei como aconteceu, que ainda ninguém percebeu como foi, e da qual sinto nunca conseguirei sair.. um pouco como numa maquina de lavar roupa, que a qualquer momento reinicia a centrifugação... para parar.. sabe-se lá quando..

O ano passado.. entre gritarias medonhas.. e insultos despropositados... acabou-se aquele Natal que tinha conseguido construir....


E numa analise racional... vejo o Natal como 3 coisas... das quais em nenhuma consigo sentir-me bem

do ponto vista catolico... n sou.. nunca fui.. no dia que for espero que me espanquem violentamente...

do ponto de vista familiar... já nos ultimos anos tenho visto as festividades natalicias divididas em 3 dias... 1 com a familia da Carla... outra com os Wiborgs.. outra com o meu pai... e... se já é triste ver isto assim.. ainda mais o é quando nem assim o consigo.... porque não vou desistir daqueles que sempre estiveram comigo, daqueles que são efectivamente a minha familia.. dos que são mais importantes para mim.. (Carla*Joana*Pedro) para entrar em hipocrisiaas de bem estar familiar... com os Wiborgs... quero que se danem honestamente...
Quanto ao meu pai... foi alguem que sempre me apoiou no meio destas crises todas, e alguem que podendo por vezes não gostar de algumas coisas, sempre soube ter o sentido diplomatico das coisas de forma a manter boas relações entre as pessoas... sempre que precisei dele tive-o... mesmo que tenham sido poucas as vezes que isso tenha acontecido.

do ponto de vista do consumismo - o consumismoé uma droga que me traz alguma felicidade... e.. este ano, com as 2 rendas pra pagar, mais as contas da casa de Lisboa, mais as mudanças, mais os tratamentos da Joana, etc.. etc... o dinheiro que sobra.. quando acabar de pagar tudo o que falta, não chega nem pra mandar cantar um cego

Por mim.. pegava numa tenda e ia para um daqueles parques de campismo desertos... passava 7 dias bebado... comia pouco.. dormia muito.. escrevia mais umas asneiras num caderno.. e lia uns livros que me deixassem acordado... sem net.. sem telefone.. sem horarios.. 1 semana de repouso de atrofio continuo... aposto que não ficava pior...
... mas foi.me feito um especial pedido.. para o evitar... porque dava cabo do natal dos putos.... e pronto... faço o frete!