não te interessa quem sou... como sou.. ou de onde venho..
.. mas apenas onde te posso levar..
o que te interessa o que faço?
.....o que sinto?
..........o que sou?
Se nada é suficiente.
Se nada é bom.
o meu tempo não é infinito e está cada vez mais perto do fim.
...hoje, mais uma vez, impediste-me de morrer.
... obrigado miuda..
Canso-me em conversas com quem não entende que a praxis implica o devir, ou que vivo pelos principios da revolução francesa.
Cansa-me a falta de solidareade emocional, que considero fundamental para qualquer relação humana.
Cansa-me que optem, porque é mais facil assim, pela acusação antes da conversa, pela critica antes da compreensão.
Cada vez mais terei que abandonar o ser real, racional e emocional, para continuar a existir enquanto ser social.
Será que vale a pena?
I can'r be what I am
but a shadow of me
cause you love me
and you want me
But..
I'm not what you want,
You want a shadow of me
Cause I'm full of emotions
and you can't handle it
Cause i'm too full of life
and you can't handle me
And i want what i want
And i want you
But i am what i am
Not the one for you
I can't be what i am
being the onde you want
I can't hadle myself
If I dont loose you
I'll just loose myself
..can't handle me
...nor you..
...can't..
"If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you were a sail boat I would sail you to the shore."
...5 anos depois, afinal foi tudo um erro. Afinal, os contos de fadas são irreais, a questincula habitual da libertação e da autonomia do eu, sobre o outro, é uma mentira. O outro acaba por prevalecer. O Shakespeare era atrasado mental, e toda aa cultura neo-romantica, desenvolvida a partir da sua obra não passa de um monte de lixo.
...afinal lutarmos pelo que somos, como somos, pelo que queremos, como e quando, afinal é um erro. Afinal tudo é um erro, e nada sobra além de errar.
A vida é uma eterna sucessão de erros. Não há respostas certas.
E quando se luta, de forma titanica contra tudo e todos, pelo que se é, pelo que se quer, afinal não vale a pena, afinal é tudo um erro. É um erro lutar, não pela luta em si, ou pelas conquistas efectivas. É um erro lutar porque o caminho da guerra nos endurece, nos torna mais fortes e duros, alterando-nos para algo diferente do que somos.
Perante a morte, é indiferente ficar ou correr. Quem fica, morre pela morte, quem corre morre pelo caminho, mata-se a si, na luta contra o outro. De morte sou, de morte existo e nasço, é ela que me alimenta e me faz manter de pé. Porque deixei de ser, de existir, e limito-me a morrer. Um dia de cada vez, morro.
- Afinal foi tudo um erro...
- Mas tudo o quê?
- Tudo, um erro. Não devia ter acontecido, não faz sentido. Na altura fazia, agora não faz.
- Então Adeus.
Morri, para la da minha propria morte.
... apaixono-me, cada vez que
a vislumbro na existência sonora, cada vez que melodicamente a abraço, apertando-a fortemente dentro de mim, enquanto liberto lágrimas, da dor de não ser com ela, da dor de não existir, da dor de não ser habitual doer.
Faz-me viver mundos, nos quais sinto, mas não existo. Faz-me existir, traz-me à tona numa hiper-sensibilidade existencial, que me é desconhecida, que não me é reconhecida, nem mesmo pelos que estão mais dentro de mim do que eu próprio.
Todos os mergulhos visam o fundo do mar, em todos se respira fundo antes de tocar na água. Sente-se a agua gélida contra o calor do corpo, envolvente, num abraço eterno, numa fúria existencial, para num golpe de rins se negar tudo o que se é, como se é, para evitar sentir, para evitar existir em conivência com o abraço que nos torna mais, melhores e mais fortes, mas que nos mata, nos impede de viver, nos torna surreais e impossíveis.
Falta-me a influência aquática, apesar de aparecer ocasionalmente, faz-me falta mergulhar em mim, mesmo que isso por vezes me impeça de regressar à tona.
Estou cansado de viver fora de água. Sei que morrerei dentro dela, mas já não me assusta, antes pelo contrário.
... a nossa morte será tão bela...