Na gare do Oriente, repleta de óleos e mulheres, pedaços de vida e lixo pelo chão, desperto para a realidade na ressaca de umas férias que pareciam durar pra sempre.
Um par de negros e doces olhos, a esvoaçante franja ao sabor do vento, as sandálias que por quase não existirem mostram tudo o que não é. Nada mais que o sonho do desconhecido , um raio de quente luz solar sobre o ilusório, o beijo do abismo, que, com o seu hálito fresco nos leva para onde nunca desejaríamos ir.
E a eterna duvida, “should i stay,or should i go?”, a indefinição da certeza e a queda dos princípios, a falta de decisões e de posições.
O Abismo é um poço sem fim, que se aperta à nossa volta…