"If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you were a sail boat I would sail you to the shore."
...5 anos depois, afinal foi tudo um erro. Afinal, os contos de fadas são irreais, a questincula habitual da libertação e da autonomia do eu, sobre o outro, é uma mentira. O outro acaba por prevalecer. O Shakespeare era atrasado mental, e toda aa cultura neo-romantica, desenvolvida a partir da sua obra não passa de um monte de lixo.
...afinal lutarmos pelo que somos, como somos, pelo que queremos, como e quando, afinal é um erro. Afinal tudo é um erro, e nada sobra além de errar.
A vida é uma eterna sucessão de erros. Não há respostas certas.
E quando se luta, de forma titanica contra tudo e todos, pelo que se é, pelo que se quer, afinal não vale a pena, afinal é tudo um erro. É um erro lutar, não pela luta em si, ou pelas conquistas efectivas. É um erro lutar porque o caminho da guerra nos endurece, nos torna mais fortes e duros, alterando-nos para algo diferente do que somos.
Perante a morte, é indiferente ficar ou correr. Quem fica, morre pela morte, quem corre morre pelo caminho, mata-se a si, na luta contra o outro. De morte sou, de morte existo e nasço, é ela que me alimenta e me faz manter de pé. Porque deixei de ser, de existir, e limito-me a morrer. Um dia de cada vez, morro.
- Afinal foi tudo um erro...
- Mas tudo o quê?
- Tudo, um erro. Não devia ter acontecido, não faz sentido. Na altura fazia, agora não faz.
- Então Adeus.
Morri, para la da minha propria morte.
... apaixono-me, cada vez que
a vislumbro na existência sonora, cada vez que melodicamente a abraço, apertando-a fortemente dentro de mim, enquanto liberto lágrimas, da dor de não ser com ela, da dor de não existir, da dor de não ser habitual doer.
Faz-me viver mundos, nos quais sinto, mas não existo. Faz-me existir, traz-me à tona numa hiper-sensibilidade existencial, que me é desconhecida, que não me é reconhecida, nem mesmo pelos que estão mais dentro de mim do que eu próprio.
Todos os mergulhos visam o fundo do mar, em todos se respira fundo antes de tocar na água. Sente-se a agua gélida contra o calor do corpo, envolvente, num abraço eterno, numa fúria existencial, para num golpe de rins se negar tudo o que se é, como se é, para evitar sentir, para evitar existir em conivência com o abraço que nos torna mais, melhores e mais fortes, mas que nos mata, nos impede de viver, nos torna surreais e impossíveis.
Falta-me a influência aquática, apesar de aparecer ocasionalmente, faz-me falta mergulhar em mim, mesmo que isso por vezes me impeça de regressar à tona.
Estou cansado de viver fora de água. Sei que morrerei dentro dela, mas já não me assusta, antes pelo contrário.
... a nossa morte será tão bela...
em resposta a..
criticas à inexistencia de factos que suportem que o capitalismo democrata é claramente melhor do que o comunismo...
É costume achar-se que o interesse supremo é o bem individual, e que através de um conjunto de bens essenciais, acaba-se por se obter uma valorização nacional. É a opção tomada pelos países ditos democraticos e pró-capitalistas.
Há outro ponto de vista, que define que o interesse supremo não é o bem individual, mas sim a valorização nacional, com a qual, se tudo correr bem, acabamos por ganhar todos. É o espirito do formigueiro, em que o interesse de cada formiga não faz qualquer sentido, porquee se trabalha em prol da colónia. Tem sido a opção dos países comunistas e nacional-socialistas.
E o fantastico, é que é impossivel perceber um dos pontos de vista, quando abraçamos totalmente o outro, simplesmente pq não faz sentido abraçarmos e aceitarmos como valida a nossa antitese. A escravidão e o baixo valor da vida humana são realidades em ambas, e a hipocrisia é uma constante, apenas se é hipocrita em coisas diferentes.
Na Democracia Capitalista exalta-se o valor da vida humana, o valor que cada individuo por si só representa, e depois trabalha-se de inumeras formas que pôem em causa essa mesma vida que se defende.
Nos Comunistas e Nacional-Socialistas, defende-se que, quando haja riqueza criada pelo todo, essa é distribuida pelo todo, e depois acaba por não ser verdade, alimentando-se uns e desfavorecendo outros.
A grande questão aqui, é a ilusão. os Democratas Capitalistas também leram "Das Kapital" e "Mein Kampf", e souberam adaptar-se, souberam criar a ilusão de que sendo cada um por si, é uma escolha individual, e essa falsa ideia de escolha, acaba por nos transmitir uma sensação de segurança, a qual sabemos, por vezes, ser falsa, mas habituamo-nos ao conforto de termos nós proprios o poder para decidir a nossa vida.